quinta-feira, 23 de junho de 2022

É possível o Brasil ir rumo à espiral ascendente?




Seria a corrupção e a burocracia dos sistemas brasileiros um acaso ou fruto irremediável de uma história de corrupção, injustiça e opressão? O brasileiro tem fé no Criador que é possível viver em amor e justiça no Brasil?

Aprendi que o hoje sempre traz esperanças, já que as misericórdias do Criador sempre se renovam. Se cada indivíduo decidisse andar em confiança com o Criador, e os pequenos e os grandes não se deixasse corromper, então a corrupção cessaria. Os brasileiros são aqueles os quais o Criador determinou nascerem no Brasil. Se ele assim o fez, é porque confiou a nós a missão de não nos corrompermos diante de um cenário corrompido. Confiou que nós, mesmo tendo oportunidade de tirar vantagem dos outros em sua vulnerabilidade, preferiríamos ajudá-los a se desenvolverem e a frutificarem. Com relação aos mais poderosos brasileiros, confiou que não se venderiam aos opressores estrangeiros ou à ganância. Afinal, que felicidade é essa viver prosperamente em meio a um povo que geme de dor? Tentam salvar a si mesmos, muitos por meio de pequenas corrupções de vantagens: seja mentirinhas, pequenas manipulações ou jeitos, ou grandes desfalques e golpes.

Quero criar um personagem. Seu nome PenaGanância. PenaGanância nunca está satisfeito, pois sempre tem alguém que é mais próspero do que ele. Então ele sente pena de si mesmo. Coitado de mim, ainda não tenho o Ferrari. Meu carro é do ano passado e agora pessoas estão começando a não me dar mais tanto valor quanto antes. PenaGanância gosta de ser chamado de Dr., pois isso lhe assegura sua perspectiva de si mesmo como superior e bem-sucedido a se manter. PenaGanância está feliz enquanto todos o louvarem. PenaGanância é Dr., mas tem mais pena de si mesmo por não poder comprar aquela camisa importada de última moda, do que do guri que anda vendendo balinha no semáforo. PenaGanância vive em uma comunidade de prédios, onde as pessoas mal se conhecem, muito menos ajudam umas às outras. Assim que os problemas aparecem, a tendência da maioria das pessoas é se afastarem da pessoa que sofre. Quem sabe é como doença que pega? - pensam eles. PenaGanância se acha justo, pois é trabalhador, afinal, é Dr. Ajuda muitas pessoas no seu ofício. A doença acometida por PenaGanância é advinda de uma doença transmutada que acomete a humanidade desde o princípio. É a doença primeira: um desejo de ser superior às demais pessoas.

Muitos reis da Idade Moderna Europeia, para os quais nem o céu é o limite, alcançavam esse desejo através da concentração de poder e riquezas, de tal modo tão opressoras com relação ao povo, que tinham cada vez menos, passavam necessidades. No entanto. A mesma doença Ganância, aliada da pena de si mesmo, por não ser tão valorizado ou louvado quanto o outro determinado rei opressor, fazia o monarca esquecer da dor da miséria de seu povo. Seus auxiliares também viviam para o dinheiro e suas posições.

Isso não muda muito em certos lugares após as repúblicas serem formadas. Pois presidentes, ministros e parlamentares podem ser acometidos também pela mesma chaga na alma. Assim, destroem as pessoas e o país, mas principalmente, a si mesmos. Pois quem disse que um banquete de honrarias e comidas deleitosas faz alguém feliz?

Mas, por que o ser humano teima em não ouvir o que o Criador diz na Bíblia? Talvez por que há religiosos que também são acometidos pela mesma chaga, em outras variantes? Verdade, nem um ser humano está imune a cair nessa armadilha dessa doença letal e contagiosa. Mas nisso não está nem o Criador, nem os que verdadeiramente buscam o caminho inverso: de não fazer para o outro o que não gostamos que outros nos façam. Ou seja, o caminho do amor e da justiça. Mas como é possível aprendê-lo? Se colocando em oposição há qualquer intenção de se colocar como superior a qualquer outra pessoa. Pois, não é todo bem, dom, talento, capacidade e oportunidade dada pelo Criador? O amor que se doa pelo próximo, que busca seu desenvolvimento, seu benefício, esse só vem do Criador. E é Ele e o amor que Ele tem e nos doa para que tenhamos para com as outras pessoas, é que faz a nossa vida ter sentido.

Já há muito tempo atrás, a doença desse país se manifestava por muito sintomas, mas mesmo assim, nunca os sintomas foram levados a sério. Como uma criança irresponsável, que acha que suas ações sempre vão ficar impunes, seguem sem medo, até o dia em que não terá volta. Pois, mesmo se o ser humano falhar em alertar ou em punir a injustiça e não pedir a reparação, o Criador não falhará. Não se pode brincar com a vida das pessoas, com a educação, com a saúde, com o direito ao trabalho íntegro. Será o país comandado por máfias de pessoas contaminadas por essa doença, que insistem em machucar o povo e matar ou torturar seus adversários? O país se suicida sem esperança, por que não tem fé que no Criador, que quem com Ele anda está seguro. Afinal, esta é a única coisa que Ele pediu: que andemos com Ele em humildade, amor e justiça para com o próximo. Mas quantos de nós fazemos isso? Quantos de nós estamos isolados ou não sabemos como ajudar ou obter ajuda? O País é uma nação de órfãos? Onde está o amor comprometido das mães adotivas? Sabem ser mães só para seus filhos? Onde está o casamento, o respeito à dignidade da mulher e o dever de honrar marido e mulher mutuamente para construção de um lar de respeito e paz, onde se ama ao Criador e às outras criaturas?

O que comumente se ouve é que não tem jeito. A corrupção é um grande monstro cuja luta contra o qual grande parte do povo não sabe como fazer para derrubá-lo. Será que não Nordeste e o Norte não podem ser ajudados pelos estados mais ricos e mais fortes, ao invés de, em desespero, virem buscar melhores condições no sul? Por que o irmão mais desenvolvido não pode ajudar o irmão que ainda não se desenvolveu tanto? E se desenvolveu tanto, por que não é capaz de manter sua natureza intacta, provendo novamente a chance das pessoas voltarem a interagirem com a natureza nas grandes cidades? Se não há empregos, o que podemos fazer para gerá-los? etc.

Mas o único jeito de derrubar esse monstro virtual que se esconde adoecido e acumulando riquezas e honra às custas do sofrimento alheio é a de que cada comunidade seja ativa e participante. Que cuidemos uns dos outros. Que não deixemos de pedir pelas necessidades uns dos outros. As comunidades devem participar ativamente da vida da escola. Devem promover manifestações culturais locais. Devem buscar tornar seus bairros mais verdes e sustentáveis, com ambientes saudáveis para as crianças se desenvolverem e brincarem sem medo. Cada comunidade deverá ter comunicação e solidariedade com as demais. Sem mentira, sem manipulação, sem jeitinho. Transparente. Responsável. Com comunicação verdadeira e controlando as emoções para não magoar os outros ou agir inapropriadamente. Independentemente do governo. Não dá para esperar o governo. Cada um tem que s responsabilizar pelo bem-estar do próximo naquilo é capaz de ajudar. Temos que fazer nossa parte e exigir que o governo faça a dele. Temos que sair do individualismo e cuidar uns dos outros. Ajudar um a diminuir o sofrimento e a carga do outro. De cidades em cidades, haverão grupos comunitários independentes do governo, que podem dialogar com o governo, até que toda sua chaga seja extinta e a burocracia seja vencida por um sistema de leis que funcione na prática, e não que acumule procedimentos que não só não ajudam mas atrapalham a resolução dos problemas tão imediatos do nosso povo. Nosso povo tem bons e eficientes profissionais de todas as áreas. Mas, mesmo que não tivesse, poderíamos buscar ajuda. A apatia não se justifica de modo algum. Fé, no Criador, e por causa dele, em si mesmo, pois Ele ajuda a cada um que deseja aprender a amar mais e ser mais justo. Ele está perto de cada um que O busca em verdade.

Veja ao seu redor, em sua pequena comunidade: quem está precisando de emprego? Quem precisa ser treinado para o emprego, para a vida? Quem precisa de remédio? Quem precisa de dinheiro para pagar a Faculdade? Quem precisa de visitas? Quem precisa que as compras sejam levadas em sua casa, mas não podem pagar? Quem precisa de uma mão, tem a sua? Um sorriso?  E se tem, então, tem aonde essas pessoas pedirem? Por isso, é necessário órgão comunitário que seja inclusivo, respeitoso, solidário, igualitário, humano. Se tivermos isso, conseguiríamos. Não é por meio da força e imposição, é por meio do amor, respeito e do diálogo que constrói junto. Pois os políticos não são deuses. E nos políticos ou no ser humano, não há esperança quando ele se põe fora do Criador, fonte de todo o bem. O Criador é só um. E só a Ele pertence todo poder, toda glória e todo mérito, justiça e amor. Esse é o caminho para a espiral ascendente. Vamos subir juntos ou esperar o dia da queda sem volta? 

domingo, 12 de junho de 2022

Não através da força, nem da violência, mas respeitando a livre escolha

 


Martinho e Lucas eram adolescentes amigos de escola. Conversavam sobre muitos assuntos. Eram quase como irmãos. Mas, suas famílias eram muito diferentes uma da outra.

Os pais de Lucas eram muito autoritários e não eram muito de dialogar com ele. “Ordem é ordem; regras são regras! E não tem que discutir! Obedeça!” Assim pensavam eles. Por isso, Lucas sentia-se preso e sempre angustiado, com medo de ser punido, seja em palavras ou atitudes. Não via a hora de ser livre e independente. Então, formaria para si um lar amoroso e afetivo, cheio de paz, delicadeza e gentileza, onde todos ajudassem uns aos outros e se apreciassem mutuamente.

A casa de Martinho era muito diferente da de Lucas. Era um ambiente descontraído, com muita conversa e risada. Claro, também tinha hora para conversas sobre assuntos mais sérios. Mas, não se elevava a voz e só respeito sempre era mantido, tanto da parte dos pais, quando da parte dos filhos. O pai de Martinho fazia muitas perguntas sobre seus sentimentos, opiniões e gostos. Prestava atenção nos seus interesses. Queria realmente saber como ele se sentia e via as coisas, tinha interesse em conhecê-lo profundamente, e que ele também se autoconhecesse.

Martinho podia falar tudo abertamente com seus pais, pois mesmo quando discordavam dele, nunca eram agressivos, nem ofensivos, nem usavam de ameaça, como os pais de Lucas, para que ele fizesse o que eles queriam e então se sentissem seguros. Havia regras na casa, do que era certo e do que era errado, por ser prejudicial ou injusto a si mesmo e/ou aos outros. Mesmo quando reprovava um ou outro comportamento de Martinho, seus pais queriam que ele compreendesse seus motivos e razões, e percebesse que as regras, princípios e conselhos que eles lhe davam, eram para que fosse sempre feliz e que tudo lhe fosse bem, sem ter necessidade de sofrer danos ou prejuízos consequentes de escolhas tolas. Assim, pediam que ele considerasse o que falavam antes de fazer suas escolhas definitivas. Todos, adultos e adolescentes, pediam perdão quando falhavam aos preceitos justos ou quando magoavam outras pessoas, e buscavam reparar seus erros. Todos estavam sujeitos da mesma maneira à Lei do Criador e deviam reconhecer suas responsabilidades. Dessa forma, tanto os adolescentes quanto os adultos iam se aperfeiçoando na prática do amor e da retidão, e juntos eram responsáveis por construir o ambiente familiar harmônico, respeitoso e afetivo. Era necessária a colaboração de cada um.

No entanto, na casa de Lucas, o clima era de que se ele fizesse tudo que dele era pedido, não fazia menos que sua obrigação. E se falhasse em algo, então levava uma bronca enorme, ou era ameaçado, ou recebia gritos e palavras duras. Não se sentia amado, nem apreciado, muito embora soubesse que seus pais queriam seu bem. Eles estavam interessados que eles fizessem o que eles queriam para que ele estivesse seguro aos seus olhos. Com isso, a ajuda para que o filho se autoconhecesse não era valorizada, e sim a obediência. Lucas sentia-se um eterno devedor, que, em sua máxima performance, receberia como prêmio, a ausência das broncas e gritos. Até na rua, os pais de Lucas viviam brigando com as outras pessoas, em busca de exigir o que era “certo”. O lado positivo é que eles queriam fazer as coisas corretamente e assim serem benéficos. Mas, ninguém pode exigir que o outro faça o que ele quer. Pois isso é desrespeitar as escolhas das pessoas. No entanto, os pais de Lucas não percebiam que os meios rígidos e autoritários poderiam ferir as pessoas, que se sentiam desrespeitadas, e que algumas atitudes agressivas podiam negar-lhes a cordialidade e o bem-estar. Na verdade, as pessoas quando falham, precisam, às vezes, de um olhar bondoso e palavras positivas, para que continuem animados perseverando no caminho em rumo ao mais amoroso, gentil, repleto de sabedoria de Deus.

Certo dia, Lucas chegou na escola nitidamente pálido e com os olhos inchados. Parecia muito aflito. Durante a aula, parecia muito distante. Martinho notou que ele nem conseguia participar da aula e parecia muito triste. Durante o intervalo conversavam:


- O que aconteceu, Lucas?

- Ah, o de sempre. Sempre cobranças, gritos e reprovações. Quando falo o que penso, recebo tantas críticas ou até menosprezo das minhas opiniões, combinado com alguma coação, tentativa de me forçar ou impor, para que eu não siga o que tenho convicção ou o que estou pretendo escolher, mas o que eles querem. Minha casa é um lugar autoritário onde não consigo falar o que penso, nem ninguém parece querer saber. Contato que eu siga as regras e cumpra meus deveres… Eu não tenho voz. Não posso ser eu mesmo. Vivo com medo de ser atormentado pelos meus pais e suas atitudes agressivas.

- Quer pedir para os seus pais para passar o final de semana na minha casa?

- Já fizemos isso, lembra? Alivia um pouco, mas depois que volto pra casa, sinto-me ainda pior, pois aí me dou conta de quão maravilhoso é poder crescer com liberdade de ser você mesmo, em um ambiente amistoso, alegre e cheio de diálogo como a sua casa, e a semana seguinte fico mais triste ainda,

- O que você sugere, então?

- Sugiro que você finja ser eu e mude para minha casa.

- O quê?

- Você sabe como as pessoas na escola dizem que somos parecidos. Se fizermos o mesmo corte e cabelo e trocarmos nossas roupas, podemos ficar iguaizinhos. Esse é nosso último ano na escola, depois vou me mandar para fazer universidade em outra cidade bem longe, para não sofrer com essa braveza dos meus pais.

- Não esqueça que eles querem para você o melhor e acham que assim você se sairá bem.

- Eu sei. Mas eles não percebem que o que eu mais preciso é um ambiente amoroso e calmo para eu me desenvolver. Sei que não podemos fazer tudo que queremos sempre e que devo ser responsável e agir corretamente. Mas, não aguento mais esse clima nervoso. Quebra esse galho pra mim, amigão?

- Tá, tá bom. Vamos fazer um teste de uma semana. Ai vejo como é com seus pais.

- E assim foi.


Depois da escola, no dia seguinte, cada um foi para a casa do outro, o contrário de sempre.

Lucas ficou feliz da vida. Ele tinha espaço para falar e ser ouvido. Tinha tranquilidade. Não era chamado toda hora e exigido. Importavam-se com sua opinião e gostos, e com seus sentimentos, não somente com as regras. E não demandavam tanto quanto seus pais. Para ele parecia um paraíso. Tinha mais liberdade e um lar cheio de harmonia e alegria.


Mas Martinho, na casa dos pais do Lucas, começou a experimentar as aflições que ele descrevia passar todos os dias. Grito daqui, crítica de lá, nunca tá bom, sempre tá devendo. Sua vida se tornou amarga. Voltou para escola e desabafou com Lucas no dia seguinte: Lucas, socorro! Eu também não vou aguentar isso, não.

- E agora, o que a gente faz?

- Quero voltar para minha casa, disse Martinho.

- Já sei, tive uma ideia. Lembra do Oscarzinho, aquele menino difícil que só apronta?

- Sei.

- Que tal fazer um intercâmbio escolar e eu ir para a casa dos pais do Oscarzinho e ele para minha?

- Por que?

- Talvez com Oscarzinho eles desistam do método imposição e controle para lidar com ele.

- Não sei não. Acho que eles vão bater nele.

- Oscarzinho era um menino impossível.


Percebeu desde o início em que estava na casa dos pais de Lucas que eles eram controladores e dominadores. Por isso, resolveu mentir e dissimular, sempre que quisessem lhe impor. Assim, conseguiria aprovação deles e que eles não o amolassem.

- O casal achou Oscarzinho ótimo, bem melhor que seu filho Lucas. E não entenderam por que Lucas não era tão obediente como ele. Desde então, muitos anos se passaram, mas os pais de Lucas sempre mencionavam o maravilhoso Oscarzinho e sempre que ele lhes contrariava eles mencionavam: “Por que você não é obediente como Oscarzinho?”.

- Muitos anos se passaram e cada um seguiu suas vidas, escolhendo seus próprios caminhos. Lucas casou-se e foi morar com sua esposa. Seguiu a vida de acordo com seu próprio caminho e convicções, embora elas fossem diferentes das de seus pais e do que eles o queriam forçar a fazer e ser. No entanto, Lucas era uma pessoa íntegra, trabalhadora, amável, e busca agir com justiça, solidariedade, compaixão e doação ao próximo.

- Certo dia enquanto estavam todos juntos em uma reunião de família com seus pais, o vizinho chegou correndo com o jornal na mão cuja manchete principal dizia: “ Oscarzinho preso por estelionato, após golpear uma família em mais de 1 milhão de dólares”.

Naquele momento, os pais de Lucas ficaram tão chocados que não conseguiam falar nada. Para Lucas não era tão grande a novidade, só o ápice de um caminho de desvios e mentiras que começou

no infância de Oscarzinho. Mas, para seus pais, ele era o modelo de obediência. Até tinham um pouco de orgulho por terem ajudado a educar o rapaz….

Pensaram: nunca mais vou tentar controlar as escolhas de outro ser humano, muito menos ser autoritário e quer impor coisas a pessoas de mais de 12 anos de idade. De duas, uma: ou as pessoas vão se afastar de nós, para poderem ser elas mesmos; ou vão se afastar de si mesmas, de como o Criador os fez, tornando-se mentirosos e enganadores, quando na verdade, enganam e prejudicam a si mesmas, além de outros.

Nesse mesmo dia, pediram perdão a Lucas por todas as vezes que tentaram forçar que as coisas fossem como eles achavam que era bom para eles.

Agora, sei” - ,disse, sua mãe

Não era certo tentar interferir em escolhas que são suas, nem puni-lo ou tentar forçá-lo quando não escolher de acordo com minha opinião. Nenhum ser humano pertence a outro, mas todos ao Criador. As coisas não são do nosso jeito. As coisas são do jeito de Deus, conforme o propósito com que Ele criou cada um e ofertou dons e talentos a cada um. Cabe tão somente orientar conforme os valores éticos do Criador e deixar que o outro, em liberdade, percorra seu próprio caminho, faça suas próprias escolhas. Afinal, amor é deixar o outro ser livre, dar orientação e ajuda que sabemos, quando a pessoa assim, desejar.” E tem mais. Nós não sabemos tanta coisa. Às vezes, a orientação que a pessoa precisa nós não somos capazes de dar, pois ainda não temos sabedoria o bastante. Mas o Criador tem. Certamente, Ele guiará quem O buscar de coração verdadeiro para aprender o caminho do amor e da justiça. Então, meu filho, disse ela, sei que estará seguro nas mãos dEle, pedindo por Sua sabedoria e direção. E estarei aqui sempre para você, caso queira uma opinião ou conselho ou que compartilhe com você o que tenho aprendido através das minhas experiências. Seu pai disse: eu também penso o mesmo filho. Perdoe-me.

Então todos se abraçaram, quando pela janela Lucas viu alguém olhando para ele. A pessoa parecia muito feliz por ele e ergueu as mãos pros céus agradecendo. Era o Martinho, seu grande amigo, partilhando de seu alívio e alegria, por ter iniciado hoje uma nova dinâmica afetiva e de liberdade na família Lucas, que se tornava na direção do que ele sempre sonhou: família afetiva, carinhosa e respeitosa, apreciadora das qualidades uns dos outros, mesmo quando a característica dos outros não é igual à nossa.




Quando Nossa Educação Deseduca

  A nossa educação deseduca sempre que ensinamos conhecimentos, sem instruir os valores éticos que devem dirigi-los. A nossa educação ...